Anglicanismo - A religião oficial da Inglaterra cujo chefe é o rei ou a rainha.
A Inglaterra aderiu ao catolicismo romano no ano 664, no Sínodo de Whitby; em 669 o arcebispo de Canterbury reorganizou a igreja anglo-romana e em 686, o reino de Sussex, até então pagão, se converteu ao cristianismo.
Até a Reforma de Lutero os anglicanos viviam em comunhão com Roma.
O título original, concedido por Roma, Ecclesia Anglicana (Igreja Anglicana) se referia a uma região, assim como às igrejas da Escócia, a Hispânica e da Gália, França.
Com a discordância do Papa Clemente VII (1523-1534) em anular o casamento do rei Henrique VIII com Catarina de Aragão, apesar dos esforços e intervenção de sua filha Maria Tudor, rainha católica. Henrique VIII, influenciado por Thomas Cromwell e protestantes alemães, o papa Clemente preparou a Reforma Anglicana e a ruptura com Roma, que viria sob seu filho, o rei Eduardo VI (1547-1553) impondo o Livro de Orações Comuns em inglês.
A Reforma veio definitivamente com a rainha Elizabete I (1558-1603), a última Tudor, filha de Henrique VIII e Ana Bolena, ratificando em 1563, a Lei dos 39 Artigos (Confissão de Fé da Igreja inglesa), adotando o Calvinismo, conservando a hierarquia episcopal e parte da liturgia católica.
O estatuto do Ato da Supremacia Real, aprovado pelo Parlamento em 1534, declarou Henrique VIII Chefe Supremo da Igreja da Inglaterra, e também determinava que sobre a sua Igreja e o reino, o Papa não mais teria supremacia e ainda colocou sob absoluto controle da realeza a indicação de seus bispos, até hoje em vigor
- No séc. XIX-XX a rainha Mãe revogou esse Estatuto, restaurado depois pela rainha Elizabeth II.